Pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, a senadora Simone Tebet disse ser necessário chamar o ex-governador Ciro Gomes (PDT), também postulante ao Planalto, para conversas a respeito de uma chapa única da terceira via. "Eu o considero um grande quadro, que tem coragem de falar o que pensa. A gente pode não concordar com tudo que ele apresenta, principalmente na pauta de economia, mas tem a grandeza de dizer o que está em risco no Brasil, consegue apontar os erros", argumentou a parlamentar, durante sabatina da RedeTV.
Ciro Gomes foi o único pré-candidato poupado de críticas por Tebet ao longo do evento. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) — líder e segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto — foram alvos constantes da senadora. "A democracia brasileira merece alternativas. Ela está sendo testada dia a dia pelo presidente", afirmou.
Tebet frisou que Lula é uma incógnita. "Nós não sabemos que PT é esse e que Lula está vindo aí. É um Lula que acabou de sair da prisão, que se sente mártir de um processo político, que começa a radicalizar nas ideias", ressaltou.
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Questionada sobre a falta de consenso dentro do próprio partido sobre seu nome para a corrida presidencial, Tebet sustentou que representa "o MDB raiz de Ulysses Guimarães". "O partido é o reflexo da sociedade, e, hoje, temos um país polarizado", disse.
A presidenciável disse, também, que os presidentes do MDB, PSDB e União Brasil serão responsáveis por estabelecer critérios para definir o nome que encabeçará a disputa ao Planalto. A declaração ocorreu quando foi questionada sobre a razão para o adiamento do jantar que ocorreria, hoje, em São Paulo para definir as regras e o calendário do colegiado.
Uma nota divulgada pela assessoria do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) informou que o encontro foi adiado a pedido de Tebet e de Luciano Bivar — presidente do União Brasil e pré-candidato ao Planalto.
A senadora respondeu, na entrevista, que não sabe o porquê de o encontro ter sido cancelado, mas disse que já tinha compromissos marcados em Brasília e que Bivar está em viagem ao exterior.
"Foi uma das razões do cancelamento. Mas é importante dizer que nós não precisamos estar nesse jantar. Quem tem de decidir qual é o critério a ser adotado, se vai ser uma pesquisa qualitativa, quem é o mais rejeitado, quem está despontando nas pesquisas", comentou. "Quem vai escolher qual é o critério da escolha do pré-candidato são os presidentes de partido, porque é assim que reza a nossa regulamentação eleitoral e partidária."
A senadora declarou que deu uma procuração em branco para o presidente do MDB, Baleia Rossi, "que é quem tem a legitimidade de, junto com os demais partidos, escolher um critério". "Não serão os pré-candidatos a definirem esses critérios", completou. (Com Agência Estado)
*Estagiária sob supervisão de Cida Barbosa
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