Após intensa negociação nos bastidores para o comando das comissões temáticas da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as divergências existentes estão resolvidas, com exceção de últimos ajustes com o União Brasil.
“As comissões estão resolvidas. Nós fizemos uma reunião na semana passada com os líderes. Hoje, finalizei as últimas conversas com o líder do União Brasil. Nós vamos fazer alguns ajustes aqui, eu preciso conversar ainda com os antigos integrantes do PSL, principalmente daquela ala que nos apoiou e que, em cima dela, fizemos o acordo para as comissões para tentar fazer um ajuste. Mas elas estão resolvidas e vão ser encaminhadas de hoje para amanhã, para os partidos poderem indicar seus membros e presidentes”, disse.
O PSL — antigo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrante da fusão com o DEM que deu origem ao União — foi uma das principais bases de apoio para a eleição de Arthur Lira ao comando da mesa diretora da Câmara. No entanto, muitos deputados abandonaram o partido durante a janela partidária e foram para o PL. Para a legenda, foi destinada à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
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Lira explicou ainda que o União, regimentalmente, teria direito à preferência na escolha de outros colegiados, mas a sigla vai abrir mão de presidir algumas comissões para manter os acordos feitos no ano passado na última eleição da Mesa. Com a maior bancada da Câmara, o PL tentou ficar com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas o União Brasil não abriu mão do colegiado, considerado o mais importante da Casa.
Com o PP ficaram as comissões de Meio Ambiente e de Saúde. As decisões foram “tranquilas”, segundo o líder do partido na Câmara, André Fufuca (PP-MA). “O PP é um partido pacífico. Somos muito de conversa, debate, não tem imposição. Não é que nem uns aí que estão se matando”, cutucou.
Outro membro da base governista, o Republicanos, ficou designado com a Comissão do Direito do Consumidor. “Acredito que, até a terça-feira da semana que vem, teremos as comissões finalizadas. Logo teremos pautas, porque o tempo está curto”, comentou o deputado federal Luis Miranda (Republicanos-DF).
Já a oposição assegura que sua parte está resolvida. “O que falta é a maioria. Nós ficamos com cultura, Amazônia e Integração e Legislação Participativa. Amazônia e Integração, o PL queria, mas a gente tinha preferência”, comentou o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG).
O parlamentar observou que o prazo está apertado. “Estamos perdendo o prazo, podia ter convocado o Ministério da Educação. Existem um monte de apurações que precisam ser investigadas”.
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