A pré-candidatura de João Doria entrará em outra fase a partir da semana que vem, já sob a batuta do novo coordenador da campanha, Marco Vinholi, que assumiu a tarefa na semana passada, em substituição ao presidente do PSDB, Bruno Araújo. E com nível de tensão um pouco mais baixo do que o registrado até aqui. O embate com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite vive um raro momento de trégua, selada após um encontro entre os dois, na terça-feira, em São Paulo.
Vencedor das prévias do PSDB, Doria é o nome oficial para a corrida sucessória, mas uma ala poderosa da legenda ainda acredita que pode emplacar Leite como candidato de união dos partidos do autodenominado campo democrático (PSDB, MDB, União e Cidadania). Esse movimento para manter o ex-governador gaúcho na disputa vai arrefecer, nos próximos dias, fruto de uma espécie de acordo de não agressão entre os dois.
Essa trégua, que pode evoluir para uma reconciliação política, reflete os dois cenários postos diante do PSDB nesta etapa da corrida eleitoral. Se a terceira via se acertar, Doria continuará sendo o nome principal do partido para compor a aliança de centro. Se fracassar, os tucanos seguirão em voo solo, novamente com Doria. Nesse caso, Leite seria um nome natural para compor uma chapa puro-sangue, como informou ontem a colunista do Correio Denise Rothenburg.
Outro sinal de pacificação foi dado pelo ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, apoiador de Leite. Em entrevista à CNN Brasil, Aécio reconheceu a legitimidade da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo e deixou dúvidas sobre a viabilidade da terceira via. "É hora de pararmos de brincar de terceira via e construirmos um caminho que seja realmente viável, e João Doria tem papel vital nisso."
Para o novo coordenador da campanha de Doria, Marco Vinholi, esse "entendimento" entre os dois postulantes "solidifica ainda mais a decisão das prévias" e não muda a estratégia eleitoral. Até a relação com o presidente da legenda, Bruno Araújo, melhorou nos últimos dias, depois da conturbada troca de comando da campanha. Demitido por Doria, o presidente do PSDB postou: "Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer". Ao Correio, Vinholi disse que "a relação já foi repactuada".
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