Sob influência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o estado de Alagoas foi o que mais recebeu verbas de emendas parlamentares do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no período entre janeiro do ano passado e abril deste ano. O fundo tem um orçamento de R$ 42 bilhões.
O FNDE é presidido por Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) — um dos cabeças do Centrão ao lado de Lira. Cerca de R$ 1 bilhão do fundo é destinado às emendas parlamentares, incluindo aquelas do ‘orçamento secreto’.
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Segundo um levantamento de dados no sistema Siga Brasil — do Senado Federal —, realizado pelo portal UOL, foram empenhados mais de R$ 40 milhões do FNDE ao estado de Alagoas, em prefeituras, empresas e fundações. Ao todo, foram mais de R$ 100 milhões em repasses de emendas ao estado de Lira. A maior parte desses recursos é do orçamento secreto, usado pelo governo para manter base no parlamento por meio de verbas.
O FNDE é alvo, junto ao Ministério de Educação, de suspeitas de favorecimento do empenho de verbas em troca de propina, intermediada pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, em um esquema supostamente conhecido pelo ex-ministro do MEC Milton Ribeiro.
Ribeiro disse em áudio que os repasses a “todos os amigos do pastor Gilmar” eram um “pedido especial do presidente da República”, mas, posteriormente, desmentiu qualquer envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso.
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