O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre as eleições nesta quarta-feira (20/4). O chefe do Executivo disse que o eleito ao Palácio do Planalto poderá indicar, em 2023, outros dois nomes para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que os Três Poderes “podem ser aperfeiçoados e melhorados”. As declarações ocorreram durante um evento de regularização fundiária de entrega de títulos de terra em Rio Verde (GO). Mais cedo, o presidente participou de uma motociata na cidade.
“Não se esqueceram de uma coisa: quem se eleger presidente no ano que vem indica dois ministros para o STF no Brasil. Temos Três Poderes. Todos eles, sem exceção, podem ser aperfeiçoados e melhorados. Temos eleição no corrente ano em que pode-se renovar quase todo o Poder Executivo e também o Poder Legislativo. A decisão cabe a vocês. Não vim aqui tratar de política, mas nós sabemos quem faz, quem vem fazendo ao longo de muitos anos”. Disse também que sua derrota seria "uma grande perda ao nosso Brasil, um grande mal ao nosso Brasil”, em referência ao PT e ao ex-presidente Lula, também postulante à Presidência.
Sobre as entregas de títulos de regularização de terra, repetiu que o documento é como uma “carta de alforria”. “Não ficam mais nas mãos daqueles que, no passado, usavam vocês como massa de manobra para invadir propriedades. Hoje, vocês são parceiros dos fazendeiros, daqueles que estão ao lado de vocês. Juntos, vocês vão produzir para todos nós. Dizer a vocês que o mundo já começa a ter dificuldades em alimentos e que o Brasil, cada vez, mais desponta para essa solução. Você pode ficar sem muita coisa, mas sem alimento ninguém fica.”
Bolsonaro alegou ainda ter ultrapassado a marca de 330 mil títulos entregues no Brasil. “Estamos fazendo esforço para ultrapassar no corrente ano a casa dos 400 mil”, emendou, dizendo que a quantidade entregue é “maior do que a de governos anteriores”.
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Pautas de costume
O presidente também acenou hoje à base de seu eleitorado ao fazer defesa contra temas como o aborto, a ideologia de gênero e a favor do armamento à população.
“O Brasil é um país cristão. Nós somos contra o aborto. Somos contra a ideologia de gênero, nós defendemos a família, nós defendemos a propriedade privada. Nós queremos armas de fogo para o cidadão de bem”, disse sendo ovacionado ao som de “mito, mito”.
Bolsonaro voltou a apostar na polarização citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indiretamente, chamando-o de “ladrão”.
“Todos vocês sabem que a arma, em especial nos locais mais distantes, é garantia da vida de vocês e para todos nós aqui, não se esqueçam que povo armado jamais será escravizado. Tem um ladrão por aí que vive dizendo que sonha em voltar a desarmar o seu povo, dizer a vocês que as nossas bandeiras 'Deus, Pátria, família', cada vez mais, ecoam mais forte nos quatro cantos do nosso Brasil.”
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