Em cerimônia de regularização fundiária em Rio Verde, interior de Goiás, nesta quarta-feira (20/4), o presidente Jair Bolsonaro (PL), entregou, juntamente com o governo do estado e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 8 mil títulos a 165 assentamentos, regularizando a situação de mais de 11,3 mil famílias.
Antes da entrega, ainda no aeroporto da cidade, houve concentração de apoiadores, que seguiram o presidente em motociata. Na última semana, Bolsonaro foi a João Pinheiro (MG) para outra cerimônia de regularização de terras.
Presidente do Incra, Geraldo Melo Filho disse no evento que, “dos 500 [títulos] que foram entregues hoje, cerca de 200 são parceria com prefeituras”. Bolsonaro completou: "Estamos libertando o povo da escravidão dos caciques do MST".
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Palanque eleitoral
Em tom de campanha política, Bolsonaro afirmou que todos ali presentes conheciam o inimigo. “Todos sabemos quem é o inimigo da nação, ele veste vermelho e tem na sua bandeira uma foice e um martelo.”
O candidato à reeleição disse que "tem um ladrão que sonha em voltar ao Palácio do Planalto”. Os apoiadores presentes no evento então cantaram: “Lula ladrão seu lugar é na prisão”.
Bolsonaro ainda lembrou que, no próximo ano, o presidente eleito indicará dois nomes ao Supremo Tribunal Federal (STF) — vagas de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que irão se aposentar.
O chefe do Executivo reforçou hoje, também, seu discurso de que armas são garantia da vida, dizendo que “povo armado jamais escravizado”.
Ainda dando a toada da campanha deste ano, Bolsonaro reiterou a pauta de costumes, destacando ser contra o aborto, ideologia de gênero e legalização das drogas.
Presente na cerimônia, o governador goiano e candidato à reeleição, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi vaiado algumas vezes. “Em 1989, ninguém tinha coragem de sair candidato à Presidência para defender o produtor rural. O presidente Bolsonaro pode atestar que fui o único candidato a entrar com 500 tratores no Rio de Janeiro, a linha Rio Branco chegando na Cinelândia, e que fui o único a discursar pelo produtor rural no Rio de Janeiro. Ninguém tinha coragem de enfrentar o Lula”, disse.
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