Após ter sido vaiado no encontro de centrais sindicais com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cancelar ato em apoio ao petista, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, se reuniu, ontem, com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB).
O gaúcho corre por fora para ser candidato ao Planalto, depois de ter sido derrotado pelo ex-governador João Doria nas prévias tucanas. A reunião foi anunciada pelo próprio Leite, que publicou uma foto ao lado de Paulinho nas redes sociais.
"Encontrei, há pouco, o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, para uma boa conversa sobre o Brasil e a necessária construção de convergências na agenda política do país", afirmou na publicação.
Antes, o líder do Solidariedade havia se reunido com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). Os dois trocaram afagos na última sexta-feira, conforme conversa revelada pelo site O Antagonista. O cacique do Centrão tentou convencer Paulinho da Força a migrar para o lado do presidente Jair Bolsonaro (PL). O dirigente sustentou, no entanto, que a possibilidade é zero. Ele ressaltou que ainda tem a intenção de apoiar Lula, mas vai renegociar as condições com o PT.
Paulinho da Força admitiu ter ficado incomodado com as vaias que recebeu no ato político com representantes das principais centrais sindicais do país, em São Paulo. Nem Lula nem a cúpula do PT reagiram à hostilidade contra ele, que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
Na avaliação de Valdir Pucci, professor de ciência política, a ala mais à esquerda do PT dá "um tiro no pé" ao não entender que Lula precisa de apoio de diferentes vertentes para conseguir ser eleito à presidência e também obter governabilidade, caso vença as eleições.
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