Funcionalismo

Insatisfeitos, policiais federais estudam deflagrar greve geral

Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) disse que a categoria estuda deflagrar uma greve nacional na próxima semana, após o anúncio do reajuste de 5% linear para todos os servidores públicos

Michelle Portela
postado em 14/04/2022 23:03 / atualizado em 14/04/2022 23:04
 (crédito: PF/Reprodução)
(crédito: PF/Reprodução)

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) disse que a categoria estuda deflagrar uma greve nacional na próxima semana, após o anúncio do reajuste de 5% linear para todos os servidores públicos. A medida do governo federal desagradou a categoria, que cobra a promessa de reestruturação de carreira feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral.

“Houve uma revolta generalizada com o anúncio do governo. Diante disso, colocamos a orientação aos 27 sindicatos que convoquem as respectivas bases para uma articulação conjunta com as outras forças (policiais), para que estejam em estado de alerta e de prontidão para possíveis desdobramentos da próxima semana.”

A decisão já tem data para ser tomada. “Na terça-feira (19), às 10h, vamos realizar uma assembleia-geral extraordinária para deliberar o que vamos fazer diante desse quadro, com participação virtual de todos os presidentes dos sindicatos”, explica.

Decepção 

A Fenapef divulgou nota, nesta quinta-feira (14/4), criticando publicamente o presidente Bolsonaro, para manifestar "a mais absoluta indignação com a notícia de que a reestruturação das carreiras policiais da União não será implementada no corrente ano”.

A nota diz ainda que o anúncio representa quebra de compromissos de Bolsonaro assumidos ainda durante a campanha eleitoral. “Devemos lembrar que o governo foi eleito com a promessa de que valorizaria os profissionais de segurança pública e, até então, os profissionais dessa área, tão utilizada pelo governo e, em especial pelo próprio presidente em suas propagandas na apresentação dos recordes alcançados, foi incapaz de promover qualquer modificação estrutural ou a reestruturação da carreira.”

Os policiais federais destacam decepção com o chefe do Executivo, a quem pedem cautela para analisar os fatos. “Temos obrigação de manifestar a nossa profunda decepção com mais essa promessa que estaria prestes a ser descumprida, fato que, caso confirmado, certamente provocará uma crise sem precedentes na Polícia Federal. Esperamos que o presidente da República analise com cautela a situação, tudo o que foi prometido até então”, disseram.

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