O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta segunda-feira (11/4), decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o chefe do Executivo, os magistrados interferem em “tudo que se possa imaginar. Não tem exceção”. A declaração ocorreu durante entrevista ao O Liberal. Bolsonaro citou decisões relacionadas à pandemia, a nomeação na Polícia Federal que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem na corporação, além de julgamento sobre a 'pauta verde'.
“Em março mesmo, o Supremo Tribunal Federal, sempre eles que interferem em tudo, tudo que se possa imaginar, não tem exceção. Tudo. Até quando quero nomear uma pessoa para um cargo comissionado aqui eles interferem. Eles decidiram então que a condução das questões da pandemia eram concorrentes. Ou seja, eu, o presidente, governadores e prefeitos. E sempre valia a decisão mais restritiva”, apontou.
Sobre pautas relacionadas ao meio ambiente, Bolsonaro justificou que as medidas do STF visavam “amarrar o governo federal”.
“Aqui no Brasil um grande problema que nós temos é uma parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Eles estavam julgando, na semana passada, seis ações que mexem com as questões ambientais. Ou seja, eles queriam amarrar o governo federal, nos proibir completamente de investir e buscar melhorias para a região”, acrescentou.
Fake News
O presidente também comentou sobre o PL das Fake News e alegou que seria de interesse de três ministros da Corte “censurar as redes sociais”.
“Tivemos, na semana passada, uma votação muito importante em Brasília. Não tratava de mérito em nenhuma questão, tratava de um requerimento de urgência para um projeto que visava censurar as mídias sociais: o tal do projeto projeto das fake news. Até porque esse projeto tem interesse direto dos três ministros do Supremo que estão dentro do TSE. Tem muitos projetos lá [na Câmara dos Deputados] que visam o bem do Brasil, e outros como esse, da regulamentação das redes, que tratava das fake news, como se o grande problema do Brasil fosse a mentira. Não é esse o grande problema do Brasil”, emendou.
Por fim, voltou a comemorar o fim da urgência da proposta. “Eu acho esse um dos mais importantes fatos e projetos discutidos em Brasília, que, graças a Deus, não deu passo rumo à regulamentação das mídias sociais”.
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