O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (07/04), que o governo federal precisa intervir nos preços da gasolina, óleo diesel, gás de cozinha e energia elétrica, como uma tentativa de conter a inflação. A declaração foi dada em uma entrevista à rádio Jangadeiro, de Fortaleza.
“Não temos inflação de consumo. Cerca de 50% da inflação de hoje são por preços administrados pelo governo. É energia elétrica, gasolina, óleo diesel e gás. Ou seja, preços que o governo poderia controlar e que não está controlando. […] São de responsabilidade do governo, então, que trate de baixar esses preços”, disse o petista.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não perdeu tempo, e em uma live pelas redes sociais dele, nesta quinta-feira, ele disse que a proposta acarretaria em desabastecimento no Brasil. Para ilustrar, trouxe o exemplo da Argentina, país em que o governo aplicou estratégias para evitar o aumento dos preços, mas que agora enfrenta a falta de combustíveis.
“Há questão de poucas semanas o pessoal tava me criticando por causa do combustível. Porque eu falei para onde estava indo o Chile, Argentina, Venezuela… os demais países da América do Sul, para ver o que tem de bom pra gente copiar e de ruim para a gente evitar. [...] O que está acontecendo agora [na Argentina]? Está havendo simplesmente falta de combustível. Porque o preço de importação do refino tá alto, na canetada o governo colocou lá embaixo e o pessoal não refina mais”, argumenta.
Vale lembrar que Bolsonaro já teceu diversas críticas ao governo de Alberto Fernández, presidente da Argentina e apoiador de Lula.
Ainda na transmissão, Jair voltou a criticar o ponto defendido pelo ex-presidente Lula. “Vamos tabelar aqui o preço dos combustíveis, o preço do arroz, do feijão. E aí vai ser um preço que quem vai produzir vai gastar muito mais na produção do que vai receber na venda. O que vai acontecer? Desabastecimento. Então, tá aí o Lula tentando ressuscitar um plano, acho que foi o plano cruzado que congelou preços lá atrás. É um problema que está no mundo todo, não é uma questão nossa apenas”, diz.
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