Energia

BNDES defende privatização da Eletrobras ainda em 2022 por "alinhamento político"

Presidente do BNDES, Gustavo Montezano, defendeu a privatização da empresa durante o mandato atual de Bolsonaro para evitar que as eleições prejudiquem o "alinhamento político" favorável à mudança na modelagem econômica da estatal

Michelle Portela
postado em 07/04/2022 12:20 / atualizado em 07/04/2022 12:20
 (crédito: Jorge Cardoso/CB/D.A Press)
(crédito: Jorge Cardoso/CB/D.A Press)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, defendeu a privatização da Eletrobras ainda neste ano para evitar que as eleições prejudiquem o "alinhamento político" favorável à mudança na modelagem econômica da estatal.

O tema é motivo de debates na manhã desta quinta-feira (7/4) em debate realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Mais cedo, durante a abertura do evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ressaltou que tanto o governo possui alto interesse na desestatização da companhia nacional de geração de energia quanto o Congresso Nacional já deu aval ao procedimento.     

Montezano insistiu na viabilidade da venda das ações da companhia ainda durante o mandato atual do presidente Jair Bolsonaro (PL). "O alinhamento de janelas está disponível e viável para a transição. Ano que vem será difícil dizer se o alinhamento ainda será esse", alertou.

Angra 

O presidente do BNDES também alertou que as obras da usina nuclear Angra 3 não serão concluídas se a Eletrobras não for capitalizada. Com isso, segundo ele, quem arcaria com os custos de fechamento do empreendimento seriam a empresa e a sociedade brasileira.  

O executivo apontou ainda um possível prejuízo à renovação da concessão da usina hidrelétrica Tucuruí, se o processo não andar. O empreendimento é uma das maiores fontes de receita da Eletrobras.

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