São poucos os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) que aceitam comentar sobre a decisão de Fabrício Queiroz em concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. A maioria não aceita ou pede que para não ter o nome divulgado.
“Não quero me envolver com isso, pelo amor de Deus”, afirmou aos risos uma fonte ouvida pela reportagem. Após a anulação do caso da 'rachadinha', o ex-assessor de Flávio Bolsonaro resolveu se movimentar e tenta colar na imagem do presidente, ao qual chama de “comandante”, para conquistar uma cadeira na Câmara Federal. O problema é que essa não vem sendo uma tarefa fácil.
“É ruim para o presidente, né? (associar a imagem)”, disse um correligionário do chefe do Executivo. Queiroz ainda tentou se filiar ao PL, mas teve a integração rejeitada. “Não tenho nada mais para falar sobre isso”, continuou. Nos últimos meses, a lei no partido é blindar Bolsonaro de qualquer polêmica — especialmente por ser ano eleitoral.
Em entrevista ao O Globo, Queiroz assumiu que não espera apoio de Bolsonaro e que ele não lhe dirige a palavra. “O comandante disse que só voltará a falar comigo depois que ficar esclarecido o problema das rachadinhas. Sou um soldado. Obedeço. A gente não se fala, mas se respeita”, afirmou.
Ainda assim, o policial militar reformado busca o eleitorado bolsonarista raiz. No começo do ano, ele afirmou que os "conservadores" o apoiam e "várias páginas de direita" o procuram nas redes sociais.
Na internet, Queiroz mantém a postura crítica aos adversários eleitorais de Bolsonaro, como uma forma de se aproximar desse núcleo. Porém, o caso das rachadinhas ainda é tabu.
“Não tenho o que falar. Aquele problema foi meu, apenas. De mim, não passa. Fiquei calado esse tempo todo”, disse na entrevista.
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