Eleições 2022

Candidatura de Doria depende de alianças, diz presidente do PSDB

Bruno Araújo também afirmou que não haverá coibição para que Leite faça articulações

Tainá Andrade
postado em 01/04/2022 19:21
 (crédito:  Pedro Ladeira/Estadão Conteúdo)
(crédito: Pedro Ladeira/Estadão Conteúdo)

Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, admitiu, nesta sexta-feira (1º/4), em coletiva de imprensa no evento de filiação de Rodrigo Maia (SP), que João Doria sofre uma oposição interna à manutenção da candidatura ao Palácio do Planalto. Ele também confirmou que a continuidade do paulista na disputa dependerá de alianças com outros partidos.

Os partidos União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania negociam uma coligação com candidatura única, que deve decidir um nome para disputar a tão falada "terceira via". "O partido está unido no propósito de construir uma candidatura. Claro que há uma discordância em relação à candidatura de João Doria, porque é evidente o grau de oposição interna. Mas temos um jogo a ser jogado, primeiro com as prévias, e agora na busca dessa unidade dentre o conjunto de todos os candidatos", afirmou o tucano. 

Já Doria, reafirmou que não há um clima de hostilidade dentro do partido. "Há um clima de busca de entendimento. Isso é normal no período que antecede a campanha", minimizou. De acordo com aliados do paulista, a carta divulgada, na quinta-feira (31/3), por Bruno Araújo, foi um sinal de comprometimento entre ele é o pré-candidato do partido.

Sobre a permanência de Eduardo Leite (RS) no PSDB e as falas na coletiva de descompatibilização, Araújo classificou como “jogo político”. Para ele, durante toda a especulação ocorrida na quinta-feira, com a possibilidade de João Doria continuar no governo de São Paulo, Leite manteve uma postura “madura” em relação ao ocorrido e as crises que poderia ter sido geradas. 

"Leite teve comportamento extremamente maduro, ético e correto. Poderia ter usado essa crise do tucanato em São Paulo para gerar outra. Ele fez referência ao reconhecimento [das prévias]. O que está na carta nada mais é do que exatamente a verdade, não foi dado uma vírgula a mais do que os fatos. Esse é um dos motivos do respeito que Leite tem por parte de todos no partido", alegou.

"João Doria é pré-candidato, mas volto a dizer: ninguém vai poder coibir qualquer movimento de qualquer liderança política de qualquer partido. Leite disse que vai continuar, sem mandato, se habilitando para qualquer chamamento, isso é do jogo", completou.

Doria confirmou que a atitude faz parte da democracia e comparou as divergências de opiniões dentro da sigla à brigas de família. "A gente tem que saber entender posições distintas das nossas, a democracia é isso. [...] O movimento é único, não é a favor de um candidato, é a favor do Brasil", explicou.


Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação