Em evento no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) não poupou críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente falou também sobre a participação excessiva de militares do exército na gestão atual.
A declaração de Lula, vem em frente à possível chapa de Bolsonaro com o Ministro da Defesa, Braga Netto, nas eleições presidenciais. "O papel dos militares não é puxar saco de Bolsonaro, nem de Lula. Eles têm que ficar acima das disputas políticas. Exército não serve para política, ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas", afirmou ele.
Ele estava reunido em um ato do Grupo de Puebla — fórum que reúne lideranças internacionais de esquerda — na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff, dos ex-ministros Aloizio Mercadante e Celso Amorim e os ex-presidentes da Colômbia e Espanha, Ernesto Samper e José Luís Zapatero, respectivamente.
Lula também foi bem direto em críticas à Bolsonaro. "Ele é tão frágil e boçal que, como não tem partido político, pegou a camisa da seleção e a bandeira dizendo que é o partido dele. Vamos mostrar que as cores da bandeira brasileira não são desse fascista. Essa bandeira é nossa", afirmou.
A ex-presidente Dilma também falou brevemente no evento e afirmou que os erros do partido foram dela. "Quando deixei o governo, eu avisei, nós voltaremos. Os nossos erros são meus, os nossos acertos são nossos", disse.