O YouTube afirmou, nesta terça-feira (22/3), que decidiu remover vídeos com informações falsas sobre eleições de 2018. O objetivo é combater a enxurrada de fake news na rede sobre o sistema eleitoral brasileiro. A medida impacta diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), que insiste na tese de fraude no pleito e é um grande crítico das urnas eletrônicas.
Segundo a plataforma, serão derrubados vídeos com "informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados".
A empresa também proíbe vídeos que possam enganar eleitores sobre a hora, o local, os meios ou requisitos necessários para votar, além de informações que possam fazer as pessoas desistirem de ir às urnas. "Isso inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e de que os votos foram adulterados", diz o YouTube.
A regra já havia sido adotada pela empresa para vídeos publicados após as eleições dos Estados Unidos, em 2020, e da Alemanha, em 2021. Apesar de alegar que houve fraude na campanha de 2018 e afirmar que teria ganhado em primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro nunca apresentou nenhuma prova concreta de que as eleições foram fraudadas. Por conta dos ataques, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes incluiu o chefe do Executivo como investigado no inquérito das fake news.