Eduardo Leite (PSDB-RS) declarou, nesta terça-feira (15/3), na sede do PSDB, que o partido não tem um “dono” por ter elegido um candidato à disputa presidencial. “As prévias deram ao partido um candidato, não deram ao partido um dono”, disse para jornalistas após se encontrar com o presidente nacional da sigla, Bruno Araújo (PSDB-PE).
O dia do governador gaúcho em Brasília foi pautado por reuniões individuais com líderes tucanos. Começou na residência do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o qual já declarou publicamente que seria “um grande equívoco” o partido deixar ele ir. Em seguida, uma reunião, a portas fechadas, no gabinete de Tasso Jereissati (PSDB-CE) ocorreu até o início da noite. De acordo com fontes vinculadas ao partido, o tema era a permanência de Leite no partido.
Pessoas próximas ao governador confirmam a saída dele do PSDB, mas o próprio Leite ainda não cravou a decisão. “Qualquer movimentação envolve reflexão. Não tenho uma decisão encaminhada, mas eu já disse que a saída do PSDB seria algo doloroso. Na medida em que não há nenhuma decisão apresentada, naturalmente nada é descartado. Até semana que vem teremos esse encaminhamento”, definiu.
Eduardo Leite afirmou estar “obcecado” em construir um “projeto de futuro” para o país, principalmente nas eleições. Reforça que tanto na liderança desse projeto, como no apoio, ele está focado em contribuir. "Pra ajudar a viabilizar uma alternativa aos polos de radicalização, como eu tenho defendido, não é com um terceiro polo de radicalização. Muitas pessoas entendem que eu posso liderar esse projeto, inclusive dentro do PSDB, que mantém a defesa dentro do partido disso e outras pessoas de fora que estão me apresentando caminhos possíveis e é isso que eu estou analisando", explicou.