Em uma só tacada, o Partido Liberal ganhou 16 deputados federais na manhã de ontem, em Brasília. O mutirão partidário teve a participação do presidente Jair Bolsonaro, de ministros e do presidente nacional da legenda. Valdemar da Costa Neto.
A ministra-chefe da Secretaria de Governo e presidente do diretório do Distrito Federal, Flávia Arruda, e o secretário especial de cultura, Mário Frias, também estiveram presentes.
Nem Bolsonaro nem Costa Neto discursaram. Ambos apenas assinaram as fichas de filiação dos novos correligionários e tiraram fotos com os parlamentares. A expectativa do presidente de Costa Neto é formar uma bancada entre 60 a 65 deputados, tornando-se a primeira ou a segunda maior da Câmara Federal. A expectativa do PL é filiar entre 20 a 25 nomes até o fim da janela partidária, que termina no dia 1º abril.
Coronel Tadeu afirmou que é questão de tempo para o PL superar o União Brasil. "Vai ser o maior partido da Casa. O União Brasil é o que mais está perdendo deputados neste momento. Deve sair abaixo de 50, provavelmente será o terceiro partido da Casa", afirmou.
Atualmente, o União Brasil tem o maior número de cadeiras ocupadas na Câmara, com 75 deputados. Em seguida, vem o Partido dos Trabalhadores que possui 53 nomes. O PL ocupa a terceira posição, com 44.
O União Brasil deve concentrar as maiores debandadas de bolsonaristas. É esperado que ao menos 25 parlamentares migrem de legenda. Contudo, parte desses aliados podem não escolher o partido do presidente. Conforme apurou o Correio, o PP, do ministro Ciro Nogueira, e o Republicanos irão abrigar os dissidentes. Alguns deles, como os deputados Alê Silva (MG), Luiz Miranda (DF), Carlos Henrique Gaguim (TO), Pedro Lupion (PR) e Luiz Lima (RJ) já deixaram o partido para uma das três legendas.
Carla Zambelli (SP), Major Victor Hugo (GO) e o filho 03 do presidente, Eduardo Bolsonaro (SP), também devem ingressar no PL até o final da janela partidária.
O PL já havia começado a receber nomes antes mesmo do início da janela partidária. A médica Mayra Pinheiro, conhecida como capitã cloroquina, e o marido de Carla Zambelli, o comandante da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Aginaldo de Oliveira, se filiaram em fevereiro.