CURTIDAS

Deixe-me

fora dessa

As cobranças do presidente Jair Bolsonaro sobre o preço dos combustíveis e o pedido de informações da Secretaria Nacional do Consumidor para que a Petrobras explique o aumento de 18% vêm sob encomenda para dar ao pré-candidato à reeleição para Presidência da República o discurso de que o Planalto não teve nada a ver com isso. É uma espécie de "vacina". Assim, quando os adversários levarem esse tema dos reajustes da gasolina, diesel e gás de cozinha para o centro do debate, ele sempre poderá dizer que sua posição a respeito está registrada.

Desconfiança instalada I

A operação da Polícia Federal que envolveu deputados do PL fez acender o pisca-alerta do partido em relação ao Planalto. Não dá para gerar expectativas de que o governo fechará os olhos para investigação sobre supostos desvios de seus parlamentares.

Desconfiança instalada II

A suspeita, entre alguns congressistas, é de que a busca e apreensão foi feita sob encomenda, para dizer que o presidente Jair Bolsonaro está no PL, mas não compactua com malfeitos nem interfere na Polícia Federal.

Amortecedor

A operação seguiu os trâmites normais, segundo policiais. Politicamente, entretanto, ajudará o presidente a minimizar o discurso de Sergio Moro. O ex-juiz saiu do governo, em 2020, acusando Bolsonaro de interferência na Polícia Federal.

Apostas em SP

As expectativas da turma do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, são as de que ele tem tudo para conseguir levar os votos dos bolsonaristas para o governador de São Paulo. Se essa previsão se confirmar, estará no segundo turno, com chances de repetir em solo paulista a polarização apontada agora na corrida presidencial.

O desafio de Tarcísio

Para vencer, porém, terá que garantir os votos dos eleitores dos partidos de centro. Logo, avisam muitos estrategistas do governo, não vai bater no candidato tucano, que deve ser o vice-governador Rodrigo Garcia.

Sem volta/ O governador de São Paulo, João Doria, passou do ponto de retorno para concorrer à reeleição no governo estadual. Politicamente, a maioria do staff já se voltou ao vice-governador Rodrigo Garcia, o pré-candidato do PSDB à sucessão de Doria.

Por falar em tucanos.../ O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, não irá sozinho para o PSD. Assim, o PSDB vai passando para a história como o partido que nacionalmente só encolheu depois do governo Fernando Henrique Cardoso.

... ainda tem jeito/ Com o deputado Aécio Neves absolvido dos processos judiciais que desgastaram sua carreira política, ele ganha fôlego na briga pelo poder dentro do partido. E é justamente para ficar fora dessa briga interna que Eduardo Leite seguirá para o PSD.

Chave de ouro/ É assim que os aliados da ministra da Agricultura, Tereza Cristina (foto), se referem à viagem ao Canadá. Ela embarca hoje para Ottawa, encara uma pesada viagem para um dia e meio de conversas com empresários. Vai em busca de cloreto de potássio, elemento essencial para fertilizantes.

Orlando Brito/ Os almoços de sábado de um grupo de jornalistas ficarão mais pobres de histórias e percepções da cena política. Brito, que jamais deixou de acompanhar de perto todas as movimentações, sempre levava para a mesa seu olhar acurado sobre as autoridades. Sua genialidade jamais será esquecida.