Os pré-candidatos à Presidência da República reagiram ao aumento no preço dos combustíveis ocorrido na madrugada desta sexta (11/3). O reajuste de até 24,93% nas refinarias foi anunciado ontem pela Petrobras e já impacta nas bombas. Em alguns postos do Distrito Federal, o preço chega perto dos R$ 8.
“Esse aumento de combustíveis é inaceitável. O governo deixou o dólar descontrolado no ano passado e, agora, no momento de uma guerra, está paralisado”, criticou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) em suas redes sociais. “Tudo falta: refinarias, fertilizantes… Não tem ninguém pensando o país a longo prazo?”
Ciro Gomes (PDT) também se manifestou. “Enquanto os barões acionistas da Petrobras lucram seus bilhões, o povo sofre com um prejuízo sem tamanho diante do aumento absurdo no preço dos combustíveis”. O pré-candidato também compartilhou um vídeo do presidente de seu partido em São Paulo, Antônio Neto, que mostra a fila para abastecimento em um posto de gasolina. Nas imagens, Neto critica ainda o gasto de quase R$ 3 milhões pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no cartão corporativo.
Bolsonaro, por sua vez, disse hoje que a Petrobras poderia "ter esperado um dia" para anunciar reajuste e agradeceu ao Senado e ao Congresso pela aprovação da mudança na cobrança de ICMS de combustíveis. Ele lamentou em sua live de quinta (10) o aumento nos preços e levantou a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros. “Vão parar porque não suportam mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui, agora, mesmo com tudo isso, está mais barato do que nos Estados Unidos”, alegou.
O chefe do Executivo também culpou o PT pela situação, afirmando que os governos petistas não entregaram três refinarias que seriam construídas no país, sendo duas no Nordeste e uma Sudeste. “Mais de R$ 100 bilhões jogados foram. Então, nós dependemos da importação de diesel, de gasolina, entre outras coisas”.
Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a alta nos preços foi causada pela privatização da BR Distribuidora, ocorrida em junho de 2021, no atual governo. “Agora você tem mais de 400 empresas importando gasolina ao preço de dólar quando nós temos autossuficiência e produzimos petróleo em reais”.