O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, em live, nesta quinta-feira (10/3), a desincompatibilização de pelo menos oito ministros de seu governo. O presidente reafirmou que, em breve, anunciará a substituição dos ministros de seu governo que sairão para concorrer às eleições ao parlamento e aos estados. Bolsonaro confirmou a saída da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que concorrerá ao Senado pelo Amapá e em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, concorrerá ao governo do estado.
“Temos muita esperança no Tarcísio em SP, mas todos esses tem chance de se eleger. Passamos momentos difíceis na pandemia, todos os ministros se apresentaram para fazer uma coisa ou outra”, argumentou o chefe do Executivo. Outros estados também contarão com candidaturas de ministros ao Senado: Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Pará e o Distrito Federal.
Dia da mulher
O presidente realizou a live acompanhado de uma de suas secretárias da equipe econômica. A presença da secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, foi para comentar o lançamento da iniciativa “Brasil para elas", anunciada no Dia Internacional da Mulher (8/3).
Trata-se de uma estratégia nacional de empreendedorismo feminino como instrumento de desenvolvimento econômico e social do país. “Um comitê nacional de cuidado com a mulher, com participação de ministérios, Caixa e demais bancos públicos”, como resumiu Daniella. A iniciativa ofertará produtos de crédito direcionados para as mulheres empreendedoras.
Rivalidade
Bolsonaro apresentou, ainda, dados que indicam a redução de invasões de terra em sua gestão. Em tom de crítica ao rival Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente comentou a respeito da declaração do petista, em que afirmava que o “MTST será protagonista em seu governo”. “O que esse pessoal produz? Para mim, produz invasão de terra, de casa, mas nada além disso”, criticou.
Para justificar a queda no número de invasões, o chefe do Executivo atribuiu algumas razões: “O que nós fizemos foi tirar o dinheiro de ONGs que alimentavam o MST. A outra foi a questão do armamento, hoje em dia, o parlamento aprovou, um projeto lá permitindo a posse estendida da arma de fogo, o fazendeiro pode andar armado em todo o perímetro da sua fazenda”, destacou.