O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou nesta quinta-feira (10/3) que não haverá mineração em terras indígenas caso seja eleito à Presidência da República este ano. A fala foi em resposta à aprovação do pedido de urgência ao PL 191/20, que dispõe sobre o tema, pela Câmara dos Deputados na quarta (9).
“Se eu for presidente da República, não haverá garimpo em terras indígenas e ponto pacífico. Nós não temos que importuná-los [os indígenas], temos que dar a eles o direito de viver decentemente”, afirmou.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, Lula culpou ainda a operação Lava-Jato e a privatização da Distribuidora BR — ocorrida em junho de 2021 — pela alta no preço dos combustíveis.
“A Lava-Jato não teve outra tarefa senão a de prestar contas ao departamento de justiça dos EUA e tentar destruir a indústria de óleo e gás nesse país”, disse o petista. “Esse Brasil tinha uma grande distribuidora que foi privatizada e agora você tem mais de 400 empresas importando gasolina ao preço de dólar quando nós temos autossuficiência e produzimos petróleo em reais”, continuou.
Aliança
Lula confirmou que pretende conversar com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), sobre a possibilidade de uma aliança política assim que Kalil anunciar sua candidatura ao governo de Minas Gerais e deixar seu cargo atual.
Citando o candidato do PT à prefeitura de Belo Horizonte em 2020, Nilmário Miranda — que alcançou apenas 1,88% dos votos —, Lula defendeu a aproximação com outros partidos como estratégia para o pleito de 2022. “Nós já fizemos uma situação, na minha opinião, vexatória lançando candidato quando seria melhor ter construído logo uma aliança com o Kalil. Se não temos condições de ter candidatura própria, temos que reconhecer e procurar com quem fazer aliança”, reforçou.