O presidente Jair Bolsonaro (PL) passeou de Jet Ski, provocou aglomerações e tirou foto com apoiadores nesta terça-feira (01/03). O chefe do Executivo postou imagens nas redes sociais onde aparece na praia, durante o feriado de Carnaval. Ele está hospedado no Forte dos Andradas, em Guarujá desde o dia 26.
O presidente também passou pelas cidades de São Vicente e Praia Grande, onde parou para comer pastel e tomar caldo de cana. Em momentos do passeio, Bolsonaro foi hostilizado por algumas pessoas. Entre sábado e domingo (27/2), ele andou de jet ski, subiu em lanchas para cumprimentar apoiadores e promoveu outras aglomerações em praias da região paulista. A previsão é de que o presidente retorne à Brasília até o fim do feriado.
Também ontem, o Encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, cobrou veementemente que o país mantenha o posicionamento oficial na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Em resposta às declarações de Bolsonaro em coletiva no domingo (27), o encarregado disse que o presidente está "mal informado" e sugerir que Bolsonaro dialogasse com o presidente ucraniano.
Tkach explicou que “nesse momento não se trata de apoio à Ucrânia, se trata de apoio aos valores democráticos, direito internacional, incluindo os fundamentos como não devastar as fronteiras, o respeito de soberania internacional e à integridade territorial”.
Bolsonaro vem adotando uma posição de neutralidade sobre o confronto no leste europeu. De acordo com o presidente, romper com a Rússia poderia acarretar em fome e miséria, “e não queremos trazer mais sofrimentos”.
O presidente garantiu ainda que é um 'exagero falar em massacre' na Ucrânia. "Eu entendo que não há interesse por parte do líder russo de praticar um massacre. Ele está se empenhando em duas regiões do Sul da Ucrânia que, em referendo, mais de 90% da população quis se tornar independente, se aproximando da Rússia. Uma decisão minha pode trazer sérios prejuízos para o Brasil", reiterou.
À noite, o chefe do Executivo afirmou, durante entrevista à rádio Jovem Pan que não tem o que conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia, eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim, não teremos guerra no mundo", concluiu.