Eduardo Leite se descompatibilizou, nesta quinta-feira (31/3), oficialmente do governo do Rio Grande do Sul e passou a liderança do estado para Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). Na cerimônia, que aconteceu na Assembleia Legislativa gaúcha, o ex-governador voltou a falar que “não estava se retirando, mas se apresentando” em um momento político crítico, que pede “esperança”.
“É um desfecho de uma decisão muito difícil tomada a partir de muita reflexão, mas eu não podia me omitir quando o que está em jogo é a esperança. Como eu já disse, eu não saio, eu me apresento como representante de uma geração que não se conforma com a armadilha política que se montou contra o próprio Brasil, com a ânsia de futuro, com desejo de mudança, disposto a trabalhar politicamente, com uma agenda que mereça as melhores perspectivas”, ressaltou.
Leite não deixou claro quais serão os seus próximos passos na carreira política. O político também não mencionou o nome de João Doria, o pré-candidato à presidência que venceu as prévias do PSDB, mas deixou evidente que uma decisão será tomada coletivamente. “É incerto dizer o que as próximas semanas me reservam, não vai ser individual. É a hora de buscar a diversidade de pensamento e essa composição que produz a força criativa”, disse.
Transferência e histórico no governo do Rio Grande do Sul
Em seu discurso, Eduardo Leite destacou alguns pontos da sua gestão como atos que impactaram na vida dos gaúchos. “Conquistas muito expressivas, administrativa, previdenciária, novo código ambiental, pagamento em dia dos fornecedores e servidores, equilíbrio das contas como alavanca para que o estado cumpra o seu papel. O que a sociedade quer é política pública para impactar nas suas vidas”, detalhou.
Enalteceu Ranolfe e seu trabalho durante toda a gestão. Segundo ele, entregar a liderança para o vice é ter a certeza de que o ciclo de trabalho e entrega de projetos será concluído. Lembrou, ainda, da condução na época da pandemia e mencionou que o estado foi o segundo menor em número de óbitos entre todas as regiões brasileiras.
Por meio dos feitos em seu governo, Leite ressaltou alguns pontos que diferenciaram a sua gestão e o fizeram obter resultados. “Nós tínhamos dívidas, atrasos, restrições que nos consumiam, nos afastavam do futuro, prendiam ao passado e transformava o presente em uma sucessão de desculpas para não sairmos do lugar. Fazia com que a luta do estado fosse como chegar no mês seguinte”, explicou.
“As possibilidades abertas por conta de um projeto claro de reorganizar a casa e recuperar a capacidade de investir em um volume sem precedentes, que ultrapassa os R$ 6 bilhões, até o final de 2022. Uma caminhada sem rupturas, reconhecendo o que se fez em governos anteriores e partindo dali para evoluir”, completou.
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