O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a cerimônia de troca de ministros, ocorrida na manhã desta quinta-feira (31/3) para enaltecer o golpe militar de 1964. A data também marca o aniversário do regime no Brasil.
"Hoje é 31 de março. O que aconteceu nesse dia, nada? A história não registra nenhum presidente perdendo seu mandato neste dia. Então, por que a mentira? A quem ela se presta? O Congresso Nacional, no dia 2 de abril, votou pela vacância de João Goulart, com voto inclusive de Ulysses Guimarães. Quem assumiu o governo nesse dia não foi militar, foi o presidente da Câmara. Por que omitir isso?", questionou.
Bolsonaro ainda frisou que o Congresso Nacional da época elegeu Castello Branco com quase 100% dos votos e "conseguiu fazer história". No relato contado pelo presidente, na época da ditadura, "todos tinham o direito de ir e vir". "É uma luta da verdade contra a mentira, da história contra a estória, do bem contra o mal, e o Brasil resistiu", disse.
Ao falar sobre obras dos governos da militares, destacou os generais Humberto Castello Branco, Artur da Costa e Silva, Emílio Médici e Ernesto Geisel. “Quem esteve no governo naquela época fez a sua parte. O que seria do Brasil sem as obras do governo militar? Não seria nada, seria uma republiqueta”, afirmou na solenidade ocorrida no Palácio do Planalto.
Quarto ano exaltando a ditadura
Desde que assumiu o governo, em 2019, Bolsonaro não deixou passar o aniversário do golpe de 1964 em nenhum dos anos. Em 2022, o Ministério da Defesa emitiu uma ordem do dia no qual classifica a data como "um marco histórico na evolução da política brasileira e que não poderia ser reescrita em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização".
O texto ainda classifica o período como uma fase de "estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político".
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