Flávio Bolsonaro defende Silveira e diz que Moraes age "por vingança"

Senador sai em defesa do deputado federal que passou a noite na Câmara dos Deputados

Raphael Felice

postado em 30/03/2022 20:41 / atualizado em 30/03/2022 20:41

O filho do presidente disse que Silveira está sendo impedido de seguir com seu mandato e de buscar votos em ano eleito - (crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (30/3) para prestar solidariedade a Daniel Silveira (Uniao-RJ). Após reunião no gabinete do PTB, na Câmara, Flavio fez um apelo ao ministro Alexandre de Moraes que volte atrás com relação à determinação de colocar tornozeleira eletrônica no deputado federal.

O filho do presidente disse que Silveira está sendo impedido de seguir com seu mandato e de buscar votos em ano eleitoral. Segundo Flávio, a visão da população sobre o caso é de que o ministro do Supremo está agindo por "vingança".

"Não é possível que um parlamentar usando um suas prerrogativas, que expresse sua opinião seja tratado como marginal. Queria chamar ao bom senso (do ministro Moraes). Porque se não partir do ministro esse movimento, por mais que alguns possam ter se indignado por alto mais extremo que o Daniel possa ter dito não, mas não é dessa forma que se age. Eles precisam cumprir a constituição, a impressão que passa para a população é que ele age de forma açodada, por vingança", disse Flávio.

Flávio Bolsonaro também pediu para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar a sustação de Daniel Silveira.

Eu acho que tem que ser votada a sustação no plenário. Já que no caso dele só ele. Eu fui lá prestar solidariedade e vim fazer um apelo ponderado, tranquilo. Cada poder precisa respeitar o outro", disse.

O senador disse ainda que se a sustação da cautelar de Silveira fosse hoje ao plenário, o resultado seria diferente ele seria absolvido.

"Eu sou testemunha que muitos deputados votaram pela manutenção do deputado Daniel de que se mantendo sua prisão aqui no plenário, em ato contínuo o judiciário tomaria providência que fosse relaxada sua pena o que não aconteceu. Muitos deputados votaram pela manutenção da pena por conta deste acordo, achando que poderia fazer bem do Daniel. Muitos se se sentiram até enganados, mas fosse hoje sua votação o resultado seria completamente diferente".