O primeiro grande embate
Um dia depois de o governo anunciar a saída do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, o ex-presidente Lula estará no Rio de Janeiro para discutir o preço dos combustíveis com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). É por aí que os petistas pretendem começar o embate com Bolsonaro. Lula não tratará dos malfeitos na Petrobras ao longo dos governos petistas, ponto sempre levantado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ex-juiz Sergio Moro.
Os petistas também não pretendem tratar dos preços dos tempos do governo Dilma, que subiram bastante. A ordem entre os aliados de Lula é lembrar que, em seus oitos anos de governo, o preço subiu 43 centavos. Esta é a comparação que o ex-presidente fará.
Cena esquecida
Em junho de 2008, Lula esteve em Roma, num evento da FAO, e se colocou como um mascate do etanol brasileiro. Em uma entrevista, chegou inclusive a pedir à então primeira-dama, d. Marisa, que entrasse no salão segurando um grande carro de brinquedo, feito de plástico de cana.
Cena lembrada
Lula, porém, com as notícias do pré-sal em 2009, deixou o etanol de lado e passou a apostar no petróleo. Há quem diga que, se tivesse apostado no álcool combustível, a história agora seria outra.
Demitiu, mas não engoliu
Depois de dizer que colocava "a cara no fogo" pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro se viu obrigado a montar toda uma operação para se afastar do problema. Porém, não perdeu as esperanças de repetir a história de Henrique Hargreaves, ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco. Nos tempos do escândalo do Orçamento, nos idos de 1993, Hargreaves foi citado, saiu do cargo para se defender e, inocentado, retornou ao governo.
Jogos tucanos
A permanência do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no PSDB reabre a guerra interna. O deputado Aécio Neves vai buscar apoios externos, inclusive o do ex-vice-presidente Michel Temer. O líder tucano já tem encontro marcado com Aécio, mas não será muito ostensivo, porque seu partido tem Simone Tebet como candidata.
Damares e Tarcísio/ A ministra dos Direitos Humanos, da Família e da Mulher, Damares Alves, já chegou no Republicanos lançando uma nova moda por ali: a audiodescrição. A ideia é que ela estruture todo o programa do partido para a área social, inclusive, o que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, apresentará ao concorrer ao governo de São Paulo.
Desunião eterna/ Desde a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, o PSDB nunca mais se uniu em torno de um nome para o Planalto. A exceção foi no segundo turno de 2014, contra a presidente Dilma Rousseff. A permanência de Eduardo Leite no partido é sinal de que não será a eleição de 2022 que trará a unidade.
Os tucanos que se entendam/ Essa falta de unidade no PSDB afasta inclusive outros partidos de uma possível aliança. O União Brasil, por exemplo, já está cuidando da própria vida, com os filiados livres para escolherem quem apoiar ao Planalto.
O plano C de Kassab/ Conforme o leitor da coluna já sabe há tempos, o nome que vem sendo levantado pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, para concorrer à Presidência da República é o do ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung.
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