ELEIÇÕES

Nome para disputa presidencial deve estar acima de prévias e partidos, diz Leite

Governador afirmou que ficará no PSDB, mas não deixou claro se será o pré-candidato do partido à disputa presidencial. Ele reforçou, contudo, estar em contato com o candidato eleito democraticamente pelas prévias da legenda, o governador de São Paulo, João Doria

Tainá Andrade
postado em 28/03/2022 17:19 / atualizado em 28/03/2022 18:40
 (crédito: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)
(crédito: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que anunciou na tarde desta segunda-feira (28/3) que irá deixar o cargo, revelou que há, na sigla, um entendimento de que o critério da decisão para o nome do pré-candidato à Presidência deve ser "um projeto maior para o Brasil".

Leite também disse hoje que continuará no PSDB. O governador não deixou claro, contudo, se ele será o pré-candidato do partido à disputa presidencial, mas reforçou estar em contato com o candidato eleito democraticamente pelas prévias da legenda, o governador de São Paulo, João Doria.

Segundo ele, ambos estão alinhados, com os “mesmos sentimentos”, em relação a uma viabilidade de alternativa para o Brasil. Isso significa, segundo Leite, aceitar a melhor escolha para o país em prol de um projeto maior.

Sobre manter a decisão das prévias, Leite declarou que respeita o processo, mas que agora há novos atores nesse processo eleitoral — se referindo às conversas que estão acontecendo entre União Brasil, MDB e a federação PSDB-Cidadania.

“Estaremos diante de uma discussão que envolve outros partidos políticos, de forças que vão se alinhando, buscando um caminho comum para que se entenda qual o caminho que iremos seguir juntos. Não para dividir, dispersar as forças”, assegurou.

"Melhor nome sou eu"

Para Leite, as prévias deram um “candidato ao partido e não um partido para um candidato”. Nessas eleições, segundo ele, o importante é se manter em harmonia e isso envolve estar acima das prévias e até mesmo dos partidos.

“Não adianta querer se apresentar nessa eleição sendo nem um, nem outro. Não vamos conseguir virar esse jogo se ficarmos enfrentando um ao outro. Temos um que representa o passado, outro que representa o presente, falta alguém que fale de futuro. Uma democracia não é apenas a oportunidade do voto, é, depois do voto, ter a capacidade do diálogo, de novas percepções, de decisões. Há um grupo representativo de pessoas que entende que o melhor nome sou eu. Se houver uma maioria que apoie, serei eu”, explicou.

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