A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designada relatora do pedido de investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, na Corte. A solicitação partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.
Caberá à magistrada decidir sobre a abertura do inquérito e autorizar as diligências solicitadas pelo Ministério Público Federal diante da denúncia de captura do Ministério da Educação por pastores que intermediam o acesso a verbas da pasta.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, também já solicitou a coleta de oito depoimentos: ministro da Educação, Milton Ribeiro; pastores Gilmar Santos e Arilton Moura; e prefeitos Nilson Caffer (Guarani D'Oeste - SP), Adelícia Moura (Israelândia - GO), Laerte Dourado (Jaupaci - GO), Doutor Santo (Jandira - SP) e Calvet Filho (Rosário - MA).
Entenda o caso
Em gravação divulgada pela Folha de S.Paulo, nesta semana, o ministro Milton Ribeiro afirmou que a prioridade dele era "atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar".
Na conversa, o ministro revelou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria feito um "pedido especial" para que municípios indicados pelos pastores fossem priorizados na distribuição de verbas da Educação.
O "pastor Gilmar" citado no áudio se trata de Gilmar Silva dos Santos, 61 anos, nascido em São Luís (MA), que comanda o Ministério Cristo Para Todos, uma das várias ramificações da igreja Assembleia de Deus, em Goiânia (GO).
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