Apesar do histórico de divergências com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Geraldo Alckmin, ao anunciar a decisão de ingressar no PSB, afirmou que o momento exige "grandeza política, espírito público e união", numa referência ao objetivo de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
A articulação da chapa Lula-Alckmin foi capitaneada pelo ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-ministro Fernando Haddad (PT). Para se colocar no cenário político nacional, o ex-tucano abriu mão de disputar o governo de São Paulo — estado que comandou por três mandatos —, mesmo na liderança nas pesquisas de intenção de voto. O convite para concorrer novamente ao Palácio dos Bandeirantes havia sido feito pelo PSD.
Alckmin anunciou sua saída do PSDB em dezembro. Ele estava insatisfeito na legenda desde as eleições de 2018 e se sentia traído pelo atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que se elegeu colando sua imagem na de Bolsonaro, apesar de Alckmin ter sido o candidato tucano ao Planalto quatro anos atrás. Para o pleito deste ano, Doria foi escolhido pré-candidato tucano a presidente.
Em 19 de dezembro, Lula e Alckmin estiveram em um jantar organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas, em São Paulo. Foi o primeiro sinal público da aliança. Em 19 de janeiro, o petista disse que não teria "nenhum problema" em construir uma chapa com Alckmin, apesar do histórico de antagonismo.
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