O presidente Jair Bolsonaro (PL) atribuiu a alta da inflação aos governadores e à guerra na Ucrânia. Segundo ele, o país vive uma conjuntura na qual se somam a subida da cotação internacional do petróleo — que impacta no preço dos combustíveis — aos efeitos remanescentes do afastamento social adotado por várias unidades da Federação durante a pandemia de covid-19.
"Temos tudo para mudar o destino do Brasil. Reconheço os problemas que temos enfrentado: inflação dos alimentos, de preços de combustíveis. Consequência daquela política do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'. É consequência também de outros fatores, como a guerra a 10 mil km daqui. Mas o povo brasileiro é forte. Dou, da minha parte, a vida por vocês. Se Deus quiser, brevemente, voltaremos à normalidade", disse, ao verificar as às obras de construção da Ponte de Xambioá (TO).
Mas não é apenas Bolsonaro que está incomodado com a subida da inflação, empurrada, em parte, pelo aumento dos combustíveis. O Congresso também quer explicações da Petrobras sobre a política da empresa de alinhamento às cotações internacionais do petróleo e, também, a respeito da distribuição de dividendos em plena crise mundial devido à invasão russa da Ucrânia.
"Avaliava, nesta manhã (ontem), a questão do preço do barril do petróleo, a redução do câmbio sem que haja reflexo no combustível da refinaria, distribuidoras e dos postos de combustível. Alguma coisa está errada e precisa ser esclarecida", disse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), endossando a convocação do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para falar sobre o pagamento de dividendos.
O general foi chamado a ser explicar à Comissão de Infraestrutura do Senado a pedido do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que é o relator dos dois projetos do chamado pacote dos combustíveis. O lucro da estatal, em 2021, foi de aproximadamente R$ 106 bilhões.
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