Parlamentares acionaram hoje (23/3) órgãos de controle público após as recentes denúncias envolvendo a gestão do ministro Milton Ribeiro no Ministério da Educação.
A reação começou quando a minoria da Câmara dos Deputados protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Ribeiro.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) também entrou com uma notícia-crime contra o ministro no STF.
“É uma vergonha ver um agente público a serviço de interesses escusos. Eventuais crimes precisam ser apurados. Um áudio revela um gabinete paralelo de atravessadores dentro do ministério. A pasta não pode ser explorada criminosamente com fins eleitorais”, disse nas redes sociais.
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União Brasil-ES) e o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha (PSD-RJ), entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PRG) contra Ribeiro por improbidade administrativa.
“Não podemos tratar como “novo normal” absurdos e/ou cometimento de crimes. Ainda hoje vamos cobrar providências da PGR contra o ministro da Educação, por possível improbidade administrativa, e investigações do MPF sobre o gabinete paralelo da Educação, por tráfico de influência”, disse Alessandro Vieira. “O escândalo no Ministério da Educação não pode ficar impune. Não podemos tratar a corrupção e o tráfico de influência com normalidade”, concluiu.
Quem também entrou com um processo foi a bancada do PSOL no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público Federal (MPF).
Entenda
Um áudio, obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, revela uma fala polêmica do ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele afirma que prioriza liberação de recursos da pasta para prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não têm cargos no Ministério da Educação (MEC).
Ribeiro ainda diz que a prioridade dada por ele atende a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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