Gabinete paralelo

Parlamentares entram com representação contra ministro Milton Ribeiro

Ministro da Educação teria permitido tráfico de influência de pastores dentro da pasta, conforme áudios vazados

Taísa Medeiros
postado em 22/03/2022 17:37 / atualizado em 22/03/2022 17:38
 (crédito: Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União Brasil-ES) e o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha (PSD-RJ), entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por improbidade administrativa.

A ação ocorre após uma série de reportagens do Estadão revelar a existência de um ‘gabinete paralelo’ no Ministério da Educação (MEC), em que um grupo de pastores exerceria influência no repasse de verbas aos municípios. Nesta terça-feira (22/3), a Folha de S.Paulo publicou também reportagem com uma conversa gravada na qual Ribeiro afirma que os pedidos negociados pelos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura são prioritários para o governo.

A apuração mostra que o grupo de pastores-lobistas é capitaneado por Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e por Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.

Os pastores atuariam, especialmente, na intermediação entre o MEC e prefeitos do Progressistas, do PL e do Republicanos, legendas que integram o núcleo duro do Centrão.

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