O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) afirmou que vai acionar o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República (PGR), ainda nesta terça-feira (22/3), contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por suspeita de improbidade administrativa e tráfico de influência. O titular da pasta atuaria em parceria com um "gabinete paralelo" de pastores, que intermedeiam a destinação de verbas para municípios.
"Não podemos tratar como 'novo normal' absurdos e/ou cometimento de crimes. Ainda hoje vamos cobrar providências do PGR contra o ministro da Educação, por possível improbidade administrativa, e investigações do MPF sobre o gabinete paralelo da Educação, por tráfico de influência", publicou o parlamentar em seu Twitter.
Não podemos tratar como “novo normal” absurdos e/ou cometimento de crimes. Ainda hoje vamos cobrar providências do PGR contra o ministro da Educação, por possível improbidade administrativa, e investigações do MPF sobre o gabinete paralelo da Educação, por tráfico de influência.
— Senador Alessandro Vieira (@Sen_Alessandro) March 22, 2022
A atuação de Ribeiro, conforme revelado pelo Estadão, tem sido "dirigida" por um grupo de pastores sem nenhum vínculo com a pasta ou o tema Educação. Capitaneado pelos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, o "gabinete paralelo" age para facilitar a liberação de recursos, permitir o acesso de outras pessoas ao ministro e interferir na gestão do ministério.
Em áudio obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, o ministro afirma que prioriza liberação de recursos da pasta para prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não possuem cargos no Ministério da Educação (MEC). Ribeiro ainda diz, na gravação, que a prioridade dada por ele atende a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
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