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Bolsonaro sobre Telegram: "Moraes ia perder no plenário e resolveu recuar"

Presidente ainda rebateu o ministro por solicitar a retirada de uma live feita em 2021 do aplicativo. "Ah, pelo amor de Deus, Alexandre de Moraes, você quer que eu tire? Eu tiro agora. Não tem problema nenhum", bradou

Ingrid Soares
postado em 21/03/2022 12:13 / atualizado em 21/03/2022 12:13
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta segunda-feira (21/3) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de bloquear o Telegram no país. Na tarde de ontem, o magistrado revogou a decisão.

Segundo Moraes, a decisão foi definida porque o Telegram cumpriu as determinações judiciais que estavam pendentes, as mesmas que levaram o ministro a definir a suspensão do mensageiro. Segundo o chefe do Executivo, que alegou hoje que o ministro mantém “uma perseguição implacável” contra ele, Moraes perderia a votação no plenário e, por isso, “resolveu recuar”.

“Revogou a própria decisão dele. O nosso advogado-geral da União, Bruno Bianco, entrou com uma ação sexta e sábado, muito bem fundamentada, levando-se em conta a jurisprudência do próprio Supremo. A ação caiu para a senhora Rosa Weber, que já era autora de uma jurisprudência, ou seja, o Alexandre de Moraes ia perder no plenário isso dai e resolveu recuar”, apontou.

Bolsonaro ainda rebateu o ministro por solicitar a retirada de uma live do presidente feita em 2021 do Telegram. “Agora, eu lamento, até ao tentar resolver alguma coisa, prejudicar todo mundo. Uma das causas dele era retirar do ar uma live minha do Telegram. Ah, pelo amor de Deus, Alexandre de Moraes, você quer que eu tire? Eu tiro agora. Não tem problema nenhum”, bradou.

O presidente também caracterizou com “crime” a decisão anterior de Moraes sobre o aplicativo. “Eu não tenho o número exato, mas tem dezenas de milhões de pessoas que usam Telegram. Você não pode prejudicar pessoas que usam isso daí para fazer negócio, para tratamento médico, usam para defesa civil. Isso é um crime fazer isso daí. É um ato, no meu entender, lamentável, que ele resolveu recuar a tempo”.

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