O Telegram apagou um post no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgava informações sigilosas de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto ataque cibernético ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontada como uma das principais exigências do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para desbloquear o aplicativo no Brasil.
Na última sexta-feira (18), Moraes determinou o prazo de cinco dias até iniciar a suspensão do aplicativo no país. No sábado, apontou uma série de exigências para rever o caso, entre elas, a apresentação de um responsável legal e deletar o posto do presidente.
No contexto do post de Bolsonaro, o TSE afirma que seu sistema não foi invadido e que o hacker que tentou a invasão não conseguiu alterar a contagem de votos nas eleições de 2020. A corte argumenta que é possível auditar os dados e ressalta que a urna eletrônica é segura e inviolável.
Exigências
Além de apagar o post do presidente, o Telegram ainda precisa outras três demandas impostas pelo STF: indicar um representante oficial no Brasil - embora o fundador da empresa já tenha se apresentado; bloquear o canal @claudiolessajornalista e informar as providências feitas ao combate de desinformação e notícias falsas.
O aplicativo, por outro lado, já atendeu às exigências de fornecer os dados dos criadores dos perfis @allandossantos, @artigo220 e @tercalivre, todos ligados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos; suspender monetização e detalhar ganho financeiro desses três perfis; informar à Justiça se Allan dos Santos criar outros perfis no Telegram e bloqueá-los.
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