Semipresidencialismo é debate fora de hora

Correio Braziliense
postado em 19/03/2022 00:01
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, ontem, que o semipresidencialismo não pode ser discutido agora no Congresso Nacional, com o atual número de partidos na Câmara e no Senado. Hoje, o Parlamento tem representantes filiados a 24 legendas partidárias.

O novo modelo político é defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que criou um grupo de trabalho no Congresso para elaborar uma proposta, a ser votada na próxima legislatura, após as eleições de outubro.

"Poderemos avançar para aquilo que a Câmara tem debatido hoje. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, tem suscitado muito isso, e eu acho que, em algum momento, isso pode ser discutido — não agora, com a quantidade de partidos que nós temos —, que é o semipresidencialismo", afirmou Pacheco durante palestra no Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (Ciee-PR), em Curitiba.

Ele reforçou a aposta de que o número de legendas será o menor já visto no país depois das eleições de outubro, com o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira, que limitam a sobrevivência de siglas nanicas chamadas de "legendas de aluguel". "São buscas de aprimoramento político no Brasil, que eu considero interesse serem discutidas e incluídas num futuro próximo", ressaltou.

O parlamentar criticou os ataques feitos às urnas eletrônicas, após o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionar a efetividade do sistema de votação em vigor. De acordo com Pacheco, o Senado está "ombreado" com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a lisura das eleições e combater as fake news na disputa.

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