Sindicatos dos caminhoneiros apontam tensão na categoria e insatisfação com as medidas tomadas pelo governo para tentar conter o preço dos combustíveis. Para eles, os projetos aprovados no Congresso não serão capazes de contornar o problema. Apesar disso, não preveem greve em larga escala no momento.
“Acredito que não seja só dos caminhoneiros a revolta, mas de toda a sociedade”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer. “A solução está nas mãos do governo, que pode definir os rumos do preço, não mais se baseando na paridade internacional (do petróleo), mas na nossa produção. Nossas refinarias também não são utilizadas 100%. Isso já daria condições para que o preço caísse pela metade.”
Na avaliação do assessor executivo da presidência da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maues, os projetos que avançaram no Parlamento são medidas “paliativas e artificiais”. Ele disse que a situação está parecendo com a de 2018, quando houve greve dos caminhoneiros.
Cegonheiros e transportadores de combustíveis pararam ontem. Num protesto em Feira de Santana (BA), caminhoneiros bloquearam o anel viário da cidade e causaram longos congestionamentos.
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