O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e irmã, Andrea Neves, foram absolvidos de denúncia do então procurador-geral da República Rodrigo Janot de uma suposta propina recebida da J&F, detentora da empresa JBS, acusada de estar envolvida em grandes esquemas de corrução. A absolvição foi assinada nesta sexta-feira (11/3) pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, que considerou a denúncia improcedente e que não há provas.
“A farsa foi desmascarada pela palavra do próprio empresário. Precisei esperar cinco anos para que a Justiça me absolvesse de todas as acusações”, disse o parlamentar em vídeo divulgado pelo mesmo.
A decisão também absolve a irmã de Aécio, Andrea Neves, o ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima e o primo do deputado, Frederico Pacheco de Medeiros.
Decisão
A denúncia contra Aécio Neves foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir a prisão do tucano, em 2017. Na época, Janot teve acesso a uma gravação em que o então senador supostamente pedia R$ 2 milhões a Joesley Batista, sócio da J&F.
No texto da decisão, o juiz Ali Mazloum esclarece que a denúncia da PGR "não existiu no mundo fenomênico. Está provada a inexistência de crime de corrupção passiva narrado".
"Ruiu o castelo de uma grande farsa, que alimentou o clamor público e fez muito mal à Justiça", declarou Fábio Tofic Simantob, sócio fundador do Tofic Simantob, Perez e Ortiz, escritório responsável pela defesa de Andrea.
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