PT e PSB desistiram de formar uma federação partidária, mas os dois partidos seguirão aliados na campanha para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sucessor de Jair Bolsonaro. Depois de uma reunião na sede dos socialistas, em Brasília, ontem, ficou decidido que os petistas continuarão as conversas apenas com PV e PCdoB para a formação da federação. PT e PSB tiveram quatro encontros, mas não conseguiram entrar em acordo.
A coligação com os petistas, porém, está garantida. Sobretudo agora que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin está com um dos pés no PSB e a ficha de filiação deve ser abonada nos próximos dias. O ex-tucano será o vice na chapa para presidencial encabeçada por Lula.
"Em resposta ao atual momento político, PT, PCdoB e PV decidem caminhar para construir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo", afirma nota assinada pelos partidos, divulgada depois do encontro de ontem.
Porém, para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o mais importante é que as quatro legendas sigam juntas pela construção da candidatura de Lula e comprometidas com a derrota de Bolsonaro. "Foi uma reunião importante, que mostra a unidade que temos em torno de um projeto do país, de derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo. E de estarmos unidos em torno da candidatura de Lula", afirmou ela, ao Correio.
Gleisi confirmou que estão bem encaminhadas as tratativas com o PCdoB e o PV para a construção da federação com o PT. A deputada confirmou que os partidos serão ouvidos para as tomadas de decisão. "Estamos à disposição e, agora, temos de nos submeter aos devidos partidos. PT, PCdoB e PT saem com propósito de construir a federação e esperam o tempo político do PSB. Mas vamos caminhar juntos", explicou.
Apoio do PSol
O PT também se reuniu com representantes do PSol para negociar os termos de uma possível aliança em torno de Lula. "Foi uma reunião na qual apresentamos pontos importantes para o PSol, algumas ressalvas e a possibilidade de o Lula ter como vice um candidato neoliberal", comentou o presidente do PSol, Juliano Medeiros, que acrescentou que as reuniões programáticas não terminaram. "Temos até 30 de abril, nas nossas convenções, para chegar a um consenso", acrescentou.
*Estagiários sob a supervisão de Fabio Grecchi
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