O general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi transferido para a reserva remunerada do Exército. O pedido, que havia sido feito ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 21 de fevereiro, foi atendido nesta sexta-feira (4/3). A publicação no Diário Oficial da União (DOU) é assinada pelo chefe do Executivo e pelo ministro da Defesa, Braga Netto.
Segundo o documento, a transferência vale a partir do dia 28 de fevereiro. A antecipação da aposentadoria do general, que só ocorreria no dia 31 de março, tem fins eleitorais. Isso porque agora Pazuello pode se filiar a partidos políticos e se candidatar a cargos públicos nas eleições deste ano.
Ele pretende disputar uma vaga para deputado pelo Rio de Janeiro e pode se filiar ao PL, mesmo partido que abriga Bolsonaro.
Ministério da Saúde
Pazuello assumiu o Ministério da Saúde em maio de 2020. Foi exonerado do cargo em março do ano seguinte, em meio a críticas por conta do vácuo de liderança na pasta e pela falta de experiência e de planos eficazes no enfrentamento à covid-19.
O general também foi chamado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, onde teve que prestar esclarecimentos sobre a crise de oxigênio em Manaus e sobre o fomento ao uso de cloroquina, como tratamento à doença, que não tem comprovação científica.
Em junho, Pazuello ocupou o cargo de secretário de Estudos Estratégicos do órgão, que acabou extinto após mudança na estrutura da Secretaria. Em outubro, o ex-ministro da Saúde deixou o cargo no Palácio do Planalto para ser nomeado assessor especial da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência.
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