A Polícia Federal abriu inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por divulgar notícia falsa que relaciona a vacina contra a covid-19 ao risco de infecção pelo vírus da Aids. Publicamente desmentidas por autoridades científicas, as declarações do chefe do Executivo foram dadas em transmissão nas redes sociais em 21 de outubro do ano passado.
O início da apuração foi comunicado pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a abertura do inquérito em 3 de dezembro. Bolsonaro é investigado pelos crimes de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.
A apuração, aberta em 23 de fevereiro, está sob responsabilidade da delegada Lorena Lima Nascimento, que atua na Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores (Cinq) da PF. Ela pediu a Moraes o compartilhamento de uma investigação sobre o caso que está a cargo da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Cooperação
Na live, Bolsonaro diz que "relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados — quem são os totalmente vacinados? Aqueles depois da segunda dose, 15 dias depois — estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) muito mais rápido do que o previsto".
Por isso, entre as primeiras medidas adotadas pela delegada, está a instrução para que a Coordenação-Geral de Cooperação Internacional questione o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido se o país divulgou essa informação em seus sites oficiais.
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