O físico e ex-presidente da Eletrobras Luiz Pinguelli Rosa faleceu aos 80 anos nesta nesta-quinta (3/3), no Rio de Janeiro. Estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana. A causa da morte não foi informada. O velório será aberto ao público e ocorrerá das 17h às 19h, no átrio do Palácio Universitário, no campus da da Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor emérito da universidade, ele se dedicou à Academia até o final de sua vida.
A UFRJ decretou luto oficial de três dias pela morte do professor. “Foi com profundo pesar que a Reitoria teve ciência do falecimento do professor emérito Luiz Pinguelli Rosa. A Reitoria declarou luto oficial de três dias pela partida de Pinguelli”, disse, em nota. Lá, o acadêmico orientou dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado e recebeu diversos prêmios, entre eles o de personalidade do ano, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Pinguelli foi presidente da Eletrobras durante o primeiro governo Lula (2003-2004). Por quatro mandatos, dirigiu o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Também participou da elaboração de projetos tecnológicos para a usina nuclear de Angra 1.
Homenagem
Muitas personalidades políticas e acadêmicas lamentaram a perda do físico. Entre elas está a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que se manifestou nas redes sociais. Ela classificou Pinguelli como "um homem à frente do seu tempo" e disse que se trata de um dia "triste para todos os brasileiros".
O Brasil perde um dos seus mais renomados cientistas e especialistas em energia. O professor Luiz Pinguelli Rosa, ex-diretor da Coppe e ex-presidente da Eletrobrás, morreu nesta quinta-feira, 3 de março. É um dia triste para todos os brasileiros.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) March 3, 2022
Academia
Graduado em física em 1967 pela UFRJ, dois anos depois se tornou mestre em engenharia nuclear na Coppe. Em 1974, concluiu um doutorado em física na PUC-Rio. Presente em duas entidades detentoras de prêmios Nobel, Pinguelli Rosa foi membro do Conselho do Pugwash, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel que recebeu o reconhecimento em 1995. Ele também tinha participação no Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) no âmbito das Nações Unidas, instituição que recebeu o mesmo prêmio em 2007.
Antes de seu falecimento, o acadêmico centrava seus esforços em planejamento energético, mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência. As pesquisas do professor incluíam temas como engenharia nuclear, física de reatores, física teórica e física de partículas, ressaltou a universidade.
Internacionalmente, ele foi pesquisador e professor visitante das universidades de Stanford (EUA), da Pensilvânia (EUA), de Grenoble (França), de Cracóvia (Polônia), do Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), do Centro de Estudos Energéticos Enzo Tasselli (Itália), da Agência Nacional de Energia Nuclear e Fontes Alternativas (Itália), e da Fundação Bariloche (Argentina).
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