Na madrugada de quinta-feira (24/2), após a escalada das tensões, a Rússia atacou parte do território ucraniano, em Kiev, na capital, pela terra, pelo espaço aéreo e por mar. E o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que os líderes russos devem assumir a responsabilidade pelas ações. "A Rússia pagará um preço econômico e político muito alto" — indicando sanções futuras. A Otan também condenou a Belarus por permitir o ataque.
Em nota, o Itamaraty destacou sua preocupação com a situação do país. “O governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia. O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, escreveu.
O texto destacou que o Brasil é membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica. No texto, destacou-se a tradição diplomática do país e a defesa do direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados, além da solução pacífica das controvérsias entre as nações.
A Embaixada do Brasil na Ucrânia pediu aos brasileiros residentes em Kiev que fiquem em casa, exceto com a ativação de sirenes — indicando bombardeio. Cerca de 500 brasileiros vivem no país.
Além disso, o vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão afirmou ainda hoje que o país não concorda com a invasão. “O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”, afirmou.
EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que tentava negociar com o presidente russo Vladimir Putin, reprovou o ataque. "Escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento", disse. Já do outro lado, o porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov, afirmou que não é possível isolar o país. Além disso, deixou claro que a neutralidade da Ucrânia é necessária e pediu que não sejam enviadas armas ao território.
Em um pronunciamento oficial, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou Putin de não manter as conversas diplomáticas. Vale destacar que o parlamento da Ucrânia já havia aprovado o estado de emergência horas atrás.
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