O requerimento para retirada de pauta, solicitado pelo líder da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), deputado Sóstenes Cavalcante (União-RJ), em Plenário, hoje, foi rejeitado por 243 votos a 211.
Em discurso, Sóstenes classificou como um “desastre” o projeto e disse que a liberação dos jogos impactará diretamente as pessoas mais vulneráveis. Ao defender o posicionamento, se definiu como “liberal na economia e conservador nos costumes”, afirmou que a solicitação não tinha viés religioso, mas sim técnico. “Não gera empregos, mina empregos”, concluiu. Apesar dos apelos, o próprio partido votou contra a retirada.
As siglas que se posicionaram a favor de não discutirem o tema foram o Partido dos Trabalhadores (PT), que pediu mais debate, apesar de reconhecerem avanços no relatório, Republicanos, Partido Social Cristão (PSC), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Patriota.
Na discussão, os líderes esclareceram, ainda, que tanto Republicanos, quanto a União Brasil tem uma orientação de bancada contrária à pauta, mas terão parlamentares que votarão a favor.
Vermelho (PSD-PR) considera que não discutir a matéria no Brasil é um atraso. “Dizer que traz lavagem de dinheiro quando a Receita e Polícia Federal contam os passos que damos. É preciso sim legalizar, regular e depurar o que não presta e está errado. Não dá pra negar que causará um crescimento ao turismo no Brasil”, disse.
Para ele, os jogos irão agregar ao potencial que o turismo tem no país e, com isso, gerar empregos. “Quem mais vai ganhar emprego será o pobre e o filho do pobre que é o que mais precisa”, rebateu o deputado em resposta a Sóstenes.