O ministro das Comunicações, Fabio Faria, anunciou em coletiva nesta terça-feira (22/2) sua desistência em concorrer a uma vaga no Senado pelo Rio Grande do Norte. Ele garantiu que permanecerá como ministro na pasta até o fim do governo.
"Hoje eu venho aqui compartilhar com vocês que eu permanecerei ministro das Comunicações. Não serei pré-candidato ao Senado Federal, apesar de estar no meu melhor momento nas pesquisas. 90% de todas as pesquisas do estado me colocam muito bem posicionado", disse.
"Eu ficava muito preocupado em não conseguir entregar o meu maior legado que é entregar o 5G funcionando, mas ele só estará nas 27 capitais em julho. E eu tinha muita vontade de ir nessa 27 capitais e apertar o botão ligando o 5G porque eu sei o que isso vai impactar a vida das pessoas. Eu sei a transformação que isso vai trazer para o pais. Estava muito desconfortável e acho que era uma atitude que, se eu fosse candidato e saísse antes, estaria pensando só em mim. Tirei um tempo de férias e pensei junto com a minha família", relatou.
E afirmou que continuará como chefe da pasta das Comunicações até inaugurar a nova rede 5G nas capitais e levar internet a todas as escolas públicas do país, o que deve ocorrer até o fim do ano, conforme calculou.
"Essa é a minha decisão e estou aqui comunicando a vocês que eu vou concluir a missão e só sairei do ministério após entregar o 5G funcionando nas 27 capitais e que a gente possa realmente colocar o Brasil na economia digital”, completou.
Ao final do governo, negou concorrer à vice-Presidência, disse que retornará à iniciativa privada para ficar mais perto da família e alegou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não interferiu na decisão.
"Ficarei como ministro. Conversei isso com o presidente há 15 dias quando tomei a decisão, e, depois, hoje, comuniquei que eu ia fazer essa coletiva, que eu pretendo continuar a minha missão. Depois, pretendo voltar para onde eu vim, na iniciativa privada, e ficar mais perto dos meus filhos”, concluiu.
Faria e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disputavam quem seria o candidato a senador pelo estado com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).