Em reunião com os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, o embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, ofereceu ajuda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para lidar com a desinformação no Telegram, durante o período de eleições. O aplicativo não está entre as plataformas de redes sociais que firmaram acordo com a justiça eleitoral para banir fake news e discursos de ódio.
O encontro aconteceu nessa segunda-feira (21/2). Thoms relatou que o aplicativo também havia, inicialmente, se recusado ao diálogo com a Alemanha. No início de janeiro, a ministra do Interior, Nancy Faeser, afirmou que o governo cogitava acabar com Telegram no país por conta de discursos de ódio e fake news relacionados à eficiência das vacinas contra a covid-19.
Diante da ameaça de aplicação de multas elevadas, que poderiam ser cobradas em toda a União Europeia, além da eventual suspensão do aplicativo, representantes da plataforma se sentaram com as autoridades alemãs para conversar, em diversas videoconferências.
No Brasil, a Justiça ainda não consegue diálogo com o Telegram. O TSE afirmou que tem feito diversas tentativas de contato com o aplicativo, mas segue sem resposta. A dificuldade seria por causa da falta de escritório da empresa no país.