O ex-ministro da Defesa e general de Exército da reserva, Fernando Azevedo e Silva, desistiu de assumir o cargo de diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O movimento mostra o desconforto de uma corrente na caserna com a retomada dos ataques ao sistema de votação por Jair Bolsonaro.
O general reclamou a pessoas próximas que o presidente, de quem foi ministro, voltara a manipular os militares e a atacar, sem provas, o sistema. Na prática, Bolsonaro lançava as Forças Armadas em narrativas para desacreditar as urnas e Azevedo percebeu que ficaria no meio.
Com trânsito nos três Poderes, o general preferiu justificar a decisão com motivos de saúde e familiares. E alegou um problema cardíaco que requer tratamento imediato.
Amigos e parentes, contrários ao cargo no TSE, o pressionaram a desistir por causa do alto estresse previsto para a função. Essa versão também foi compartilhada pelo general com militares da reserva e da ativa.