No evento virtual, ocorrido nesta quinta-feira (10/2), em comemoração aos 42 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula afirmou que críticas a Dilma Rouseff são permitidas entre petistas, mas não entre adversários da sigla. O ex-presidente aproveitou a ocasião para fazer um meia culpa sobre os erros e relembrar que o legado é o mais importante.
"Nem sempre conseguimos fazer tudo o que queríamos, mas certamente o nosso legado é muito mais importante do que qualquer erro que a gente possa ter [cometido]. Foram tantos acertos, que os atrasados desse país se viram obrigados a dar um golpe e derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil", afirmou, em referência ao impeachment de Dilma.
Segundo o ex-presidente, a única mulher a se eleger presidente no Brasil foi “injustiçada” pela elite, mesmo com "alta qualidade moral, ética e competência técnica".
Lula deixou claro que qualquer menção a uma relação conturbada entre ele e a ex-presidenta é criação. Para ele, há uma “confiança que poucas vezes existiu entre políticos neste país”. Essa também é uma estratégia de campanha em que Lula tenta se blindar das críticas à política econômica implementada no governo da sucessora, antecipando temas que venham a ser espinhosos nos debates eleitorais.
Dilma, por sua vez, teceu elogios ao companheiro de partido em um vídeo gravado que foi exibido na live do evento. Para este ano, pediu para "lembrar quem precisa ser lembrado do nosso legado", reforçou que é preciso ir às ruas e prometeu que Lula terá fortes aliados.
"Os dois governos Lula e o mandato que consegui exercer inteiramente entre 2011 e 2014 e mesmo durante a sabotagem golpista de parte do Congresso, do mercado e da mídia ao longo de todo 2015 e até maio de 2016 a partir do golpe de Estado. Mesmo assim, conseguimos registrar os maiores avanços da história do nosso país em várias áreas", disse ela.
Ao lado do ex-presidente, em um estúdio em São Paulo, esteve o ex-prefeito Fernando Haddad, apresentado como pré-candidato ao governo de São Paulo, a presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, e sua noiva, a socióloga Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja.
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