O comentarista político Adrilles Jorge afirmou, nesta quarta-feira (9/2), que está “muito magoado” com a rádio Jovem Pan e diz ter sofrido assédio moral ao ser demitido da emissora.
Adrilles foi demitido da emissora depois que, na tarde desta terça-feira (8/2), ele encerrou sua participação no programa "Opinião" com um gesto semelhante a uma saudação nazista.
No programa, com William Travassos e Diogo Schelp, era discutida a fala de Monark, ex-apresentador do Flow Podcast, que sugeriu que o Brasil poderia ter um partido nazista legalizado.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o dono da Jovem Pan, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, telefonou para Adrilles depois do programa e o destratou.
"Ele disse: 'É surreal o que você fez, uma saudação nazista. Você fez uma merda, uma imbecilidade'. Me chamou de imbecil, me assediou moralmente", afirmou o ex-apresentador. "Acho que ele não tinha tomado o Rivotril [remédio usado para tratar distúrbios de ansiedade] dele direito."
Adrilles segue: "Eu disse a ele que dei apenas um tchau. Ele falou que a Jovem Pan ia perder patrocínio, anunciantes. Comunicou que eu estava suspenso."
Depois que o telefonema foi encerrado, no entanto, Adrilles soube que na verdade estava demitido. "Fui demitido por que? Porque dei um tchau? Ou por que ele [Tutinha] não aguentou a pressão da turba, dos canceladores? Ele cedeu à grana, aos influenciadores, à turba sedenta de sangue."
O gesto feito por Adrilles foi comparado com o sieg heil, uma saudação nazista que, em alemão, significa “viva a vitória”.
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