O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a acenar para o chamado "Centrão" para tentar vencer as eleições de 2022 no primeiro turno. Nesta quarta-feira (9/2), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, confirmou que participou de uma reunião com o candidato petista na segunda-feira (7), na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo.
A confirmação foi feita por Kassab durante a filiação do deputado federal e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, ao PSD. "Tinha uma reunião agendada com o presidente, que foi adiada devido à minha infecção por covid. Na minha recuperação, recebi um telefonema e fui ao encontro dele”, contou.
"Não é impossível dizer que podemos fazer uma aliança já no primeiro turno. Mas já é quase certo que o PSD tenha candidatura própria, sobre a qual o PT é bem-vindo para nos apoiar no segundo turno, bem como também poderemos apoiar o PT", explicou Kassab.
No ato de filiação, Ramos disse que um dos motivos da sua filiação ao PSD é a ruptura com o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. "Escolhi o PSD porque tinha a certeza de que não estaríamos no palanque do atual presidente", defendeu. "Todos os líderes do PL compreenderam inteiramente que eu não tinha condições de continuar no partido por total incompatibilidade com o projeto que eles escolheram seguir”, disse.
Pacheco
Questionado sobre o lançamento da candidatura do PSD à Presidência, Kassab disse que o partido tem condições de concorrer às eleições. "No maior número de estados e no conjunto majoritário de parlamentares aqui, sempre prevalece a tese de que, para que a sociedade nos veja como um partido a serviço do Brasil e não a interesses pessoais, é muito importante que a gente se esforce para ter uma candidatura no primeiro turno”, explicou.
Com isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), prevalece como pré-candidato. "Ele tem os pré-requisitos para ser candidato e presidente. Ele não precisa rodar o país fazendo pirotecnia como fazem outros”, ironizou.
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